07 junho 2022

marcolina

Mamãe véia Marcolina
Kariri Xocó, Pipipã...
do povo das Macambiras
Avó véia, anciã
avó da minha avó Rita
Que resistiu nesse tempo
Raiz da terra da lua
Que minha mãe cultivou
Em mim a semente crua
Do povo da Macambira
Mãe vô veia, Marcolina
Vem de pedra colorida
De karuá, de imbira
Tintura de aroeira
Avó trisavavó guerreira
Inscrita na cachoeira
Adorando uma palmeira
Acocorada à cadeira
Mãe veia, minha avó véia
Teu sangue na minha veia
Me deixa te encontrar
No ventre, na lua cheia
Aqui, em qualquer lugar
Na minha mãe, na madeira
No trançados da esteira
Na rede, no balançar 
No ato de amamentar
No milho bom de plantar
Nesse mês que mês de chuva
No tempo, no não lugar
E Pai Elói que é teu filho
Pai velho, meu bisavô
Me dê a benção de fogo
Meu avô véio, vovô 

06 março 2012

III Porta da Índia de Cultura Livre

Navegar é preciso”. É com este objetivo que re-voltamos nossas forças a esse galope do mar ao Sertão. Sertão verdadeiro, que nas palavras de Guimarães Rosa, “é dentro da gente”, está dentro de nós; nossa cruz, nosso cristo, nossa redenção. Existe cá uma diáspora, esse sertão que nos habita, nos leva a retornar; raízes clamando por reconhecimento.
O Festival Porta da Índia de Cultura Livre teve sua primeira versão em 11, 12 e 13 de Janeiro de 2007 na cidade de São José do Egito, Sertão do Pajeú. Nasceu da iniciativa de artistas amigos que tinham de alguma forma uma ligação com a cidade de São José do Egito, com a região do Pajeú, com esse Sertão, com a poesia de maneira geral, ou simplesmente com a vontade de embarcar.
A ideia era a realização de um evento diferente, que abarcasse varias linguagens e ao mesmo tempo tocasse questões vigentes; as quais nos estavam mobilizando tal práxis e na atenção de certa urgência. A de uma construção que vinha sendo deveras ameaçada, e que na qual enxergávamos importância histórica, artística e cultural dentro das pesquisas que vínhamos fazendo.
Tratavas se, pois, na conjectura da época, do antigo prédio da usina de Beneficiamento de Algodão da cidade, em parelha com prédio armazém da SANBRA (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro), localizados no centro da cidade de são José do Egito, ao lado da igreja matriz, marco zero da cidade.
O edifício vinha sofrendo uma ameaça de demolição, no entanto queríamos o tombamento. E assim o fizemos, solicitamos, entregando em mãos ao então secretário de cultura da época, Mozart Neves, que coincidentemente aportava pela cidade em louvor de uma solenidade, a inauguração de uma escola.
Entendíamos que o poder público municipal em nada poderia contribuir com nosso intuito de preservação do monumento, então partimos para instancias mais largas, como por exemplo, buscar a interferência do Conselho de cultura do Estado em relação a demolição que por ventura já acontecia, de maneira precária, com trabalhadores descalços, terceirizados pela prefeitura municipal.
Falamos com o secretário de cultura local, mas em vão. Faltava envolvimento e consciência. Á questão da defesa da edificação citada estava nas bocas, nos olhos de saudade e descrença da população egipcience. Ouvimos e registramos em áudio e vídeo histórias diversas ligadas à usina. Dos Jovens uma mística do passado, uma memória material a se experimentar sendo violada, uma vontade de teatro, cinemas, poemas; pelos velhos, a memória disso tudo, indo e acordando entre os golpes dos martelos, dos maçaricos, dos trabalhadores descalços e sem grandes causas, antes a própria sobrevivência, é claro.
No ano seguinte realizamos uma segunda versão do evento. O II Festival Porta da índia de Cultura livre aconteceu em Janeiro de 2008. Outros ventos, outras sincronias. Divulgamos no Programa televisivo Sopa Diário, e a audiência e interesse dos expectadores possibilitou uma maior caravana. Um ônibus com quase cinquenta cidadãos, e outros que seguiram em seus próprios transportes. Lá apareceram artistas de cidades vizinhas e artistas locais. A chegança foi sempre na sexta a noite, onde já íamos montando nossas tendas e circos; nas asas da oralidade, das tecnologias eletrônicas, dos pinceis e pigmentos, nas performances; nos almanaques.
P.S: O projeto visa promover ações alternativas à cultura de massa, realizar em Janeiro de 2013 o . Durante os três dias várias expressões artísticas tomarão conta da ‘terra da poesia’ com apresentações musicais e teatrais, feirinha de artesanato e produtos ecológicos, recitais de poesias e mostras de vídeo e artes plásticas. O festival - historicamente realizado de forma colaborativa - acontece no prédio da antiga usina de beneficiamento de algodão e nos seus arredores. O encontro visa incentivar no Pajeú experiências livres na dança, música, teatro, literatura, vídeo, rádio, artes plásticas, alimentação natural, educação ambiental e economia solidária.
Nessa terceira versão do evento a intenção é ter como homenageado o Profeta Manoel Luiz dos Santos, almanaqueiro, ícone desse estilo literário, com 64 anos de publicações contínuas fazendo suas previsões, dando seus conselhos. É autor de Nordeste Brasileiro, folheto mais antigo em circulação no Brasil. No evento exibiremos registros vídeo etnográficos sobre o ofício dos almanaques, leituras sobre Manoel Luiz; da história de vida a feitura artesanal de seus folhetos, seus prognósticos, suas poesias e seus causos. As imagens são parte de uma pesquisa maior sobre a temática, que teve inicio em 2010 e ainda vem se desenvolvendo.
Homenagear Manoel Luiz em seu ofício de almanaqueiro, é por vez a assunção da egrégora nômade; a consciência e a busca do almanach por excelência. Não obstante que tenha sido Janeiro o tempo que se escolheu pra acolher nosso evento, com ares de reis magos orientados por estrelas, cheios de místicas e regalos.

10 agosto 2010

Almanaque I

Estou aqui em São José do Egito desde domingo. A façanha da vez é entrevistar o almanaqueiro Manoel Luiz Profeta, quase visinho da usina... Na mochila vermelha o livro de Gibran Calil e o de Aparecida Nogueira. Ver a casa cada dia menos casa é agoniantezinho.

Fazer o quê?... boa oportunidade para o exercício do Buda-azul, da compaixão.

Que Deus nos dê saúde!

02 março 2009

Toto e o cinema (outros tijolinhos)



A usina é o Cinema Paradiso no fim
É o pomar dos limões da Palestina
É o país de são saruê narrado
[pelos narradores de Javé
No peito da água de Delmiro Golveia
É o zepelim na cabeça de meu amigo Rafael
É o refrigerante de cola da Alemanha Oriental,
[contado pelo professor Peter
E o Rio Negro de Renato no Livro "Antes o Mundo não Existia" descoberto na estante velha
É Ebá Belö
A usina de beneficiamento de algodão
[é o próprio algodão
É o alfinim branquinho de Dona Filó preta
E o alfenim puchado da rapadura 
nas inúmeras noites
com a prima Luana Regina
e o teatro
E Odília fazendo teatro
E Soraya ensinando teatro
E o teatro das mulheres
Das ancestrais de Lua e de e Luciana
De Andreia e de Raíssa
De Karina e de Larissa,
De Ton, Pedro, Alice, Francisco
Nõe, Didi, Jobinho, Antoni
De Cuquinha, Ingá, Maizinho
De Renata e de Marinho
De Zé...

Minhas ancestrais também

Vó Rita,
vó Maria,
Vó Regina...

É Zefa Martinha, minha vó Teta
E a Zefa Tereza no Canto do Mar
A Usina é Theo e seus retratos
E a tela de Paulinho do Amparo
É cada criança que lá estudou, brincou
Entrou no túneo 
Fez capoeira, falou inglês
Que lá sonhou acordada
O desaparecido Luizinho,
A finada Luciana Bocão
Pedro, Zé Menino,
Kleber, Geraldinho
Tia Graça, tio Maurício...
Socorro, Goretti
Moisés Neto pulando a janela
E toda qualidade de criança chegando 
à procura de "tia Clene"
com esperança nos lábios
Cada renegado, doido, diferente, excluído
Na maternal, na capoeira,
na coton mill scool...

Feito a Usina Uzona dos Sertões

É a infancia e a vida
da cigana minha mãe
Sua coragem, sua entrega, sua realeza
Sua admiração pelo pai
Sua pedra de toque
É a memória dela indo embora
E ela indo embora
E ficando a usina
É a piramide que ela criou pra si

A usina é também o meu pai
Seu pão caseiro
O preparo de uma piranha que pescaram
Sua beringelas ao sugo
Suas havaianas furadas
Seu rabo de cavalo
O cuidado, o zêlo
Ana Raio e Zé Trovão
E o Dínamo-touro que foi vendido
E já não há mais
A Usina é a saudade
e a vontade
Enlutada
luta e disputa
Herança, tesouro perdido
Meu castelo e minha ruína
Minha ficção científica,
meu filme antropológico
Meu seriado apocalíptico
Campo arqueológico
Cemitério de índio
Meio de produção
É o sonho sustentável
minha bio construção
Horta agroecológica
E a casa de um Hobit
E o castelo de uma gigante
A terra torre nave mãe
A sede da resistência interestelar
O ninho da rasga-mortalha
O passarinho-morcego que eu inventei
E o meu avô que eu não conheci.
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Eu brincava de X-MEN naquele salão grande alugado pra carros, era a usina. As cabras, as galinhas, as plantas... nascendo dos destroços, das paredes. O ouro brotando em butijas do chão, das paredes. As pessoas sonhavam à noite, os dias mais dourados daquele deserto povoado das pirâmides.
Out, 2009
Anaíra Mahin

18 novembro 2008

'pensando na dimenção do lundu'.

queridos brasileiros,

tudo bom? quem escreve é raphael, o gringo, de santarém, pará. d'aqui a algumas horas, pego um barco para boím, uma vila de 150 famílias no alto tapajós. tem um grupo de teatro lá procurando um diretor...então, lá vou eu. a idéia agora é ficar para construir um ato de natal...porém, pretendo estar de volta em santarém por alguns dias em dezembro, para editar alguns artigos, etc et tal.

jurei pra varias pessoas aqui no brasil que esse ano, eu não me importaria mais com a eleição lá nos eua. mas acabei acompanhando de perto, e torcendo forte para o obama. nesse tempo todo, cheguei em pensar muito em que ele representaria no mundo, mas fiquei tão destraído - e tão desesperado com a possibilidade de ter uma presidente chamada sarah palin, que teria sido até pior do que o bush - que nem considerei o que significária para mim.

alguns dias antes da eleição, porém, já dava pra ter uma idéia. primeiro, porque a primeira questão que todo mundo faz para um norte-americano assumido no brasil (pois tem varias fazendo de conta de ser canadenses ou inglêses), desde a primeira vez que eu passei por aqui em 2002, sempre era "mas...você votou em bush?" até que, há uma semana atrás, no máximo, passou a ser "você votou em quem? votou naquele moreno? votou em obama?" já é um alívio enorme poder responder afirmar que votei no cara mais legal, em vez de não ter votado no facista.

sei muito bem que, pra chegar até esse ponto, o barack hussein já deveria ter vendido a alma varias vezes. por enquanto, estou resolvido a passar uma semana para só curtir a vítoria, depois volto a criticar-lo furiosamente. mas porra...que vítoria, né? os eua um presidente chamado "george walker" que mal sabe escrever o próprio nome. agora, temos um cara chamado "barack hussein" que pelo menos fala muito bem.

uma amiga minha que mora em boston, minha terra natal - e bastante conhecida como uma das cidades racistas do nordeste de lá - falou que, nessa quarta-feira, ela começou a cantar "we shall overcome", o hino do movimento negro do martin luther king, jr., num elevador junto com monte de gente desconhecida. na noite da eleição, não consegui falar com meu pai - velho progressista e apoiador de causas infelizmente perdidos - porque ele estava chorando de tanta felicidade. disse que, nos 60 anos que ele tem, ele nunca tinha visto um candidato igual, em quem ele realmente acreditava. uma amiga minha - poeta, lésbica, imigrante do haíti - disse que ela nunca sentiu tão orgulhoso de fazer parte dos estados unidos. é impressionante.

sei que eu vou chegar muito ficar decepcionado com ele. sei que, mesmo se ele quisesse, não daria para deconstruir séculos de tanta violência imperial. mas a possibilidade de ver um presidente inteligente, jovem, pensador, e sim, negro me emociona muito. a possibilidade que os estados unidos poderia até participar num dialogo internacional, de que a gente poderia ser um "bom vizinho" no ato, em vez do que na fala. que a gente poderia chegar a ser um país humilde, um país que atua com - em vez de contra - o mundo. o meu sonho é ver evo morales sendo recebido com um grande churrasco na gramada da casa branco. sei que não vai rolar. mas, por enquanto, estou sonhando muito mais levemente do que antes.

espero que esteja tudo ótimo com vocês...já na volta do alto tapajós, a gente se fala.

um grande abraço,
raphi

ps: fiquei super emocionado assistindo a eleição, mas só cheguei a chorar mesmo no dia seguinte, ouvindo "apesar de você." porra, cara...o chico acertou na mosca. imaginei cantando para a cara do bush...

--
Todo mundo tem o direito de viver cantando.
- Cartola


Rafhael "o gringo que fala" é gringo, rapper, educador, amigo... e participou do II porta da índia de cultura free.

12 abril 2008

oficina livre de teatro

"vai começar, vai começar, vai começar, vai começar...
e rola o pinto, e rola o pinto, e rola o pinto, rola opinto, rola pinto..."
meninos em roda
meninos de roda
"que hora agente vai interpretar?"
"isso é teatro, é?"
meninos que falam com as costas, com as pernas e com o olhar
meninos bons de se inspirar,
meninas danadas pra mandar,
meninos e meninas com muita vontade de pulsar!!!
Em duas tardes no II Porta da Índia ministrei a Oficina Livre de Teatro, um encontro com as crianças da cidade, onde pude experimentar uma metodologia centrada na liberdade expressiva da criança (com jogos teatrais e músicas populares), a integração tão própria deles, o poema, o sonho de cada um e a quebra da parede que impede, por ventura, as realizações desses desejos. Um experimento de trocas singulares que espero ser possível nos próximos anos!!!!!
Forte abraço a todos que o fizeram!!!
Soraya Silva é atriz e arte educadora.

23 janeiro 2008

a grande sacada do II Festival


http://www.flickr.com/photos/portadaindia/

O coração é mais sábio do que a razão
por isso o grande avanço do II Festival em relação ao anterior foi:
A REDE AMARRADA NAS ÁRVORES EM FRENTE A CASA!
Muito ótimo! Acho que foi idéia do Cariry... parabéns pela iniciativa.
ass: Germano

http://www.flickr.com/photos/portadaindia/

FLICKR atualizado!

fotos, fotos e mais fotos relativas ao II Festival Porta da Índia de Cultura Livre! Pois é, já aconteceu e foi muito bom! abaixo: a reunião da turma pra discutir os rumos que o Festival vai tomar, e aquela batucada de improviso com o poeta do Além no violão!








está sendo atualizado o nosso flíquer da Porta da Índia ! http://www.flickr.com/photos/portadaindia/


http://www.flickr.com/photos/portadaindia/

10 janeiro 2008

dias 11, 12 e 13 janeiro 2008 _ II FESTIVAL !


Então, vamos todos pra São José do Egito?
Quem já está lá, é só chegar na antiga USINA ....
as estórias tão começando a partir de sexta. Um ônibus alugado sai da Praça do Derby às 21h30....
Cada um pode participar da sua maneira.

Mais info no post abaixo...

Hoje estivemos no programa Sopa Diário, transmitido pela TV Universitária para todo o estado de Pernambuco. O programa foi todo dedicado ao Festival, com Anaíra, Luciana e Kelly participando da mesa e debatendo o tema com o empolgado Roger de Renor. Claro, o Sabiá Sensível, banda que nasceu durante o I Festival, ano passado, tinha que estar presente e cantou "José"/"O Caô do Caê".

a página de fotos está atualizada:
www.flickr.com/photos/portadaindia
depois eu boto essas fotos do Sopa Diário lá.... ASS: German Ra











07 janeiro 2008

convite para o II FESTIVAL PORTA DA INDIA


Gente, tá pra acontecer, a partir da sexta, o II Festival Porta da Índia de Cultura Livre lá em São José do Egito! Oportunidade para se encontrar e agitar o panorama cultural desta cidade, terra da poesia. O Festival traz a idéia de colaboração, de espaço aberto para as expressões culturais.

Equipamento de som vai rolar.
Quem estiver a fim de participar, fazer performance, etc.

a hora é agora! ( a gente precisa logo confirmar quem vai )

por email ou ligar por telefones de Anaira e Luciana

E vamosimbora pro Sertão do Pajeú!

II Festival Porta da Índia de Cultura Livre – São José do Egito/PE

O prédio da antiga Usina de beneficiamento de algodão, em São José do Egito, no Sertão do Pajeú, sedia nos dias 11, 12 e 13 de janeiro de 2008 o II Festival Porta da Índia de Cultura Livre. O encontro abre espaço para experiências livres na dança, música, teatro, literatura, vídeo, rádio, artes plásticas, alimentação natural, educação ambiental e economia solidária. O festival é realizado de forma independente e colaborativa.

Na edição de 2008, além das apresentações artísticas, o Festival realizará vivências em teatro, percussão, dança, vídeo, rádio, alimentação natural, ecologia, artesanato, desenho e literatura, onde serão incentivadas criações livres e compartilhadas. Um dos destaques do festival é o palco livre, onde qualquer pessoa canta, toca, recita, fala o que quer, da forma que quer.

Algumas atrações já estão confirmadas: Banda Sabiá Sensível (Recife), Os traquinas do Forró (São José do Egito), Recital de poesia (participação de Didi e Nõe de Job, Greg Marinho, Luciana Rabelo, Anaíra Mahin, Clene Macambira, Lara e tantos outros poetas), Media Sana, Contação de história com Érica Verçosa, dança com Adonai Sancho. Mais: Mateus Kabessovo, Paulinho do Amparo, Ravi, Geovani da Gaita, Arte dos Cacos, Vídeos do Ventilador Cultural e Telephone Colorido, mostra de fotografias de Moacyr Campelo, Carol Seabra e Célia, roda de capoeira, bloco Porta da Índia, Desenhos de Anderson Lucena , Luana Rabelo, Anaíra Mahin e João Eduardo.

O Festival surge como alternativa à cultura de massa - tão difundida pelas rádios e televisões comerciais –, possibilitando que a população conheça e experimente outras expressões, além, muito além, da programação televisiva e radiofônica que nos é imposta pelos monopólios midiáticos.

Terra da Poesia - São José do Egito, localizada a 404 km do Recife, é conhecida mundialmente pela sua gente, essencialmente criativa, lírica e engraçada. Berço da Poesia, Musa do Pajeú, Capital dos Repentistas, Terra dos Cantadores, São José do Egito, tão rica culturalmente, quase não dispõe de espaços de incentivo e difusão das expressões artísticas de seu povo (assim como em praticamente todas as cidades do interior brasileiro). Alguns poucos eventos são realizados esporadicamente na cidade e estes não abrangem todo o potencial artístico local. O único cinema da cidade, seguindo o caminho de outras salas de interior, há alguns anos tornou-se uma igreja evangélica.

SERVIÇO:

II Festival Porta da Índia de Cultura Livre

Data: 11, 12 e 13 de janeiro de 2008

Local: São José do Egito/ Pernambuco

Hora: o dia todo, todos os dias

Entrada: livre

Mais informações:

Anaíra Mahin (9158-8152)

Luciana Rabelo (9172-0995/ 3467-7649)

Germano Rabello, 8700 8665

COMO IR E ONDE FICAR:
ÔNIBUS - Estará saindo um ônibus do Recife, no dia 11 (sexta-feira), às 22h, da praça do Derby (ao lado do restaurante Recanto do Picuí). O retorno será na madrugada do domingo pra segunda-feira, chegando no Recife na segunda-feira de manhã cedinho. O valor ficará em torno de R$ 50,00 (ida e volta), dependendo de quantas pessoas confirmarem até quarta-feira.
ALOJAMENTO- Estará à disposição uma casa para hospedagem. Os interessados têm que levar colchão ou rede, e roupa de cama e banho, além de casaco pra noite.

marcolina

Mamãe véia Marcolina Kariri Xocó, Pipipã... do povo das Macambiras Avó véia, anciã avó da minha avó Rita Que resistiu nesse tempo Raiz da te...